Um caso de pedofilia chocou os habitantes do município de São João do Paraíso, a cerca de 40 quilômetros de Porto Franco. O catador de latas Raimundo Moraes Xavier, de 49 anos, é suspeito de abusar de pelo menos 12 meninas, de 6 a 10 anos. Ele está preso desde o dia 15 deste mês na delegacia de Porto Franco, por força de um pedido de prisão temporária, solicitado pelo delegado Guilherme Sousa Filho, da delegacia de Porto Franco, e acatado pelo juiz Armindo Nascimento Neto. De acordo com o delegado, a prisão temporária deve ser convertida em preventiva. O suspeito nega os crimes.
Conforme o delegado Guilherme Filho, o homem, que foi preso por policiais militares de São João do Paraíso, é natural da região de Imperatriz, mas estava naquela cidade há 4 anos, vivendo no bairro Vila Socorro, e trabalhando como catador de latas. Ele observava meninas das proximidades e as induzia a catar latas também, pedindo que levassem o material à sua casa. ?Lá, ele as agarrava, oferecia-lhes dinheiro e guloseimas, para depois se despir e despir as crianças, consumando o abuso?, mencionou o delegado. ?Além das supostas vantagens, ele ameaçava as vítimas de morte, sendo que uma delas, em depoimento, disse que ele exibiu um facão e um revólver, dizendo que a mataria caso contasse algo?, explicou Guilherme Filho.
Ainda conforme o delegado, o suspeito tinha muito material pornográfico em casa. ?Apreendemos revistas, DVDs, folders e outros itens pornográficos. No quarto, ele mantinha um colchão, onde aconteciam os abusos?, declarou o delegado Guilherme Filho. O afluxo de meninas ao imóvel chamou a atenção do Conselho Tutelar da cidade e de pessoas das proximidades, que passaram a monitorar o suspeito.
Algumas das crianças acabaram por confessar o abuso a membros do Conselho Tutelar. ?Após os procedimentos legais e a prisão do homem, as meninas também contaram, com o auxílio do Conselho, o abuso que sofriam?, disse o delegado, que mencionou, também, que das 12 vítimas, pelo menos quatro não são mais virgens. ?As outras crianças estão sendo submetidas a exame de Conjunção Carnal para termos uma avaliação mais precisa?, explicou o delegado. Ainda conforme Guilherme Filho, o criminoso já tentou, há dois anos, assediar um menor na mesma cidade, mas o fato não foi denunciado.