A avó materna de Ana Clara Pires Camargo, 7 anos, que foi encontrada morta nesta quarta-feira (22/02) em uma área de mata em Santo Antônio de Goiás, na região metropolitana de Goiânia, disse que não queria que o suspeito de ter assassinado a criança morresse. “Eu não queria que isso tivesse acontecido, que ele tivesse morrido. Ele não sofreu”, lamentou Asmirina Pires Rodrigues, 45, em entrevista ao jornal O Popular.
A avó de Ana Clara afirmou que não gostou do que ocorreu com o suspeito de ter matado a sua neta porque ele não vai pagar pelo crime que cometeu. O corpo da criança que estava desaparecida desde a última sexta (17) foi encontrado ontem pela manhã, em Santo Antônio de Goiás. “Ninguém tem noção do nosso sofrimento”, disse Asminira.
Suspeito de matar Ana Clara, o vendedor Luis Carlos Costa Gonçalves, 35 anos, foi morto em um confronto com a PM. Ele chegou a ser ouvido durante a investigação, mas foi liberado por não haver nenhum indício que o ligasse ao crime.
O assessor de comunicação da PM de Goiás, tenente-coronel Ricardo Mendes, disse que Luis tinha uma relação íntima com os parentes da vítima. “Ele participava das buscas e estava sempre próximo”, afirmou.
Ela contou que a filha, Glauciane Pires Silva, estava completamente sem chão. Familiares e amigos explicavam que a mulher passou o dia sob efeito de remédios depois que recebeu a notícia da morte da filha.
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte da criança foi traumatismo craniano. Foram feitos ainda exame para analisar se houve violência sexual. O corpo está sendo velado desde a noite de quarta na Escola Municipal Orlando de Morais, onde Ana Clara estudava, e será enterrado no cemitério Vale do Cerrado, na capital.