“Eles faziam fila, fizeram vídeos”, diz vítima de estupro coletivo que havia se operado de câncer

Abusos teriam ocorrido pouco depois de a mulher passar por uma operação

Vítima deu entrevista sem mostrar o rosto e diz que tem medo | Reprodução
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?Eles faziam fila e filmavam tudo?. O relato é de uma mulher que diz ter sido estuprada por quatro homens em 23 de março, na saída de uma confraternização entre torcedores do Fluminense na Freguesia, zona oeste do Rio de Janeiro. Em entrevista, ela contou que a violência começou quando aceitou uma carona de estranhos.

? Logo que entrei no carro, já começaram a me agarrar. Tentaram me beijar, passaram a mão em mim. Logo em seguida, pararam em uma casa, me arrastaram para dentro e começaram o estupro. Eram vários. Eles faziam fila, fizeram vídeos, tiraram fotos.

A vítima, que na ocasião vestia uma camisa do Fluminense, disse que os agressores fizeram questão de colocar uniformes do Vasco enquanto praticavam a ação, na tentativa de demonstrar superioridade.

Após uma hora de abusos, os suspeitos a colocaram no carro e a deixaram perto do estádio do Engenhão. A mulher pediu ajuda a policiais militares que passavam em uma viatura e prestou queixa na Delegacia de Todos os Santos.

O delegado responsável pelas investigações contou que já ouviu pessoas que participaram da festa da torcida do Fluminense e que espera por um novo depoimento da mulher para tentar identificar os responsáveis.

O estupro teria ocorrido pouco tempo após a mulher passar por uma cirurgia para a retirada de um câncer no intestino. Ela disse que tem medo de sair na rua.

? Eu achei que eles não fossem me deixar viva. Agora vou viver escondida. Parece que sou eu que estou presa e eles, soltos.

Assista ao vídeo:

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