A travesti agredida em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio afirmou, em entrevista, que acredita que seus agressores tentaram matá-la. Já sua irmã, que presenciou a cena, reprovou a passividade dos espectadores da cena.
A confusão ocorreu no último domingo (11), quando a travesti Taísa e sua irmã entraram numa van. Segundo elas, um dos agressores começou a insultar Taísa com ofensas homofóbicas. "Há seis anos sou travesti e nunca sofri preconceito. Foi a primeira vez. Acho que os caras já estavam ali mesmo para fazer maldade com alguém. Onde o cara vai levar uma faca? Era alguma coisa que ele queria, ou assaltar ou matar mesmo", afirmou.
Ela também mostrou que ficou impressionada com o vídeo. "O que eu vi naquele vídeo era que eles estavam querendo me matar", disse Taísa, que, segundo a polícia, conseguiu tomar a faca de um de seus agressores e esfaqueá-lo.
Os três agressores foram presos. A sessão de espancamento foi filmada e o vídeo causou revolta na internet. “No momento que eu estava tentando ajudar ela tinha muita gente ali e eu pensava que alguém ia vir para ajudar, mas ninguém veio. Eu fiquei muito triste. Tinha gente sentada, olhando. Ela estava com o rosto sangrando no chão e ninguém se levantou para ajudar, pelo menos para segurar. Não era para bater, era para segurar a situação, porque o ponto que estava chegando ali era para ela ir a morte. Não era para ela estar aqui”, disse a irmã de Taísa.