Condenado a 30 anos de prisão pelos crimes de furto e roubo sem arma, mas em liberdade condicional desde o dia 14, após cumprir metade da pena, Paulo Roberto da Silva Dias, 43 anos, teve o benefício suspenso e terá que cumprir pena em regime fechado. A determinação foi dada nesta segunda-feira pela juíza Juliana Benevides, da Vara de Execuções Penais (VEP). Preso sábado, ele é suspeito de estuprar estudante de 12 anos em ônibus na Zona Sul.
Segundo o delegado Fábio Barucke, da 15ª DP (Gávea), Paulo tem sete anotações criminais, por roubos, tráfico e participação em motim no presídio Ary Franco, em Água Santa, em 2004, quando um homem foi morto. ?Desde que foi preso em 1994, ele foi solto e preso várias vezes?, contou Barucke.
Procurado desde o dia 15, após ser acusado do estupro num ônibus que passava pelo Jardim Botânico, ele foi capturado sábado, dentro de coletivo, após roubar adolescente no mesmo bairro. A ação foi notada pelo motorista, que o deteve com a ajuda do cobrador. Segundo a polícia, esta passageira foi a quinta pessoa atacada por Paulo nos 11 dias em que esteve em liberdade neste mês.
Além da adolescente estuprada dia 19 ele teria assaltado mulher em São Conrado. No dia 24, prossegue a polícia, roubou o relógio de outra mulher no Leblon. No dia da prisão, assaltou jovens de 18 e 16 anos, no Jardim Botânico. Foi reconhecido pelas vítimas. ?Eram sempre mulheres e jovens?, disse Barucke.Nesta segunda-feira , ele pediu a prisão preventiva do acusado, indiciado por quatro roubos e estupro.
Em nota, o Tribunal de Justiça esclareceu que Paulo cumpriu requisitos para concessão da liberdade, como exames criminológicos, a transcrição da ficha disciplinar, com comportamento no cárcere, além de consultas com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais.