Em carta, mãe de estudante de medicina morto por PM cobra expulsão dos policiais

A manifestação de Silvia foi feita no dia seguinte à revelação das imagens da câmera corporal do policial militar que matou o jovem

Em carta, mãe de estudante de medicina morto por PM cobra expulsão dos policiais | Imagem: Reprodução/SBT e Redes sociais
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A mãe do estudante de medicina Marco Aurélio Cárdenas Acosta, 22, morto em uma ação da Polícia Militar na zona sul de São Paulo, divulgou neste sábado (11) uma carta criticando a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e afirmando que o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, envergonha o estado internacionalmente.

“Como mãe, eu sei do menino que criei com sacrifício, com coragem e com garra”, escreveu Silvia Mónica Cárdenas Prado, 55. Segundo ela, Derrite está arrastando o governador para uma “vergonha nacional e mundial”. “Te pergunto quem manda no estado de São Paulo? Você ou Derrite?”

A manifestação de Silvia foi feita no dia seguinte à revelação das imagens da câmera corporal do policial militar que matou o jovem. O vídeo mostra a perseguição, tiro e ameaças que foram feitas ao jovem pouco antes de ele ser baleado.

Estudante de medicina

Acosta foi morto em um hotel na Vila Mariana em 20 de novembro de 2024. A perseguição começou após o universitário dar um tapa no carro do policial Guilherme Augusto Macedo, responsável pelo disparo fatal.

Na carta, a mãe do jovem diz que Tarcísio tem que “entender que é um servidor do estado e está na obrigação de cuidar e proteger nossa população”.

VEJA A CARTA NA ÍNTEGRA

Silvia também pediu a demissão de Derrite, do comandante da PM paulista, coronel Cássio Araújo de Freitas, a expulsão dos PMs Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho de Padro e, também, um pedido de desculpa pública “a todas as mães que tua polícia matou abusivamente”.

Em nota, o governo Tarcísio lamentou a morte do estudante, afirmou não tolerar excessos ou desvios de seus agentes e informou que o inquérito foi concluído e enviado à Justiça.

“O policial já havia sido indiciado no IPM por homicídio doloso e permanece afastado das atividades, assim como o PM que o acompanhava no dia do ocorrido. A autoridade policial aguarda a manifestação do Poder Judiciário”, declarou o governo, em nota.

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