Em entrevista, pai de Daniellly afirma que conhecia 2 dos menores

O pai da jovem concedeu uma entrevista ao Brasil Urgente.

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O programa Brasil Urgente, também repercutiu o caso de Castelo do Piauí nesta segunda-feira (15.06), a reportagem conseguiu uma entrevista exclusiva com o pai da garota Danielly Rodrigues, morta após ser estuprada e espancada por quatro menores no dia 27 de maio no município. Duas das outras adolescentes receberam alta e estão na casa de parentes em Teresina, a outra está no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) sem risco de morte.

Todos os moradores da cidade de Castelo do Piauí foram prestar as ultimas homenagens à Danielly, de 17 anos, ela era uma menina doce, irmã mais nova, religiosa, não tinha namorado e gostava de ficar com a família. Após o ocorrido, a jovem foi levada para o hospital e de lá estava conversando com os amigos via WhatsApp. A mensagem abaixo foi a última que ela mandou para uma colega: “Estou cansada, machucada, fui agredida e jogada das pedras”, diz.

Familiares e amigos tinham esperança, porque Danielly apesar de estar com afundamento na face e problemas no tórax, estava respondendo bem ao tratamento, mas de um dia para o outro, sofreu hemorragia interna muito forte e não resistiu, desde então a família nunca mais abriu a porta da casa que dava acesso ao quarto de Danielly. A mãe está em choque, só chora e não fala com ninguém, nem com os parentes.

Danielly sonhava em ser médica, para isso estudava muito, no 3º ano do ensino médio já tinha as suas responsabilidades e nunca deixou de lado as amizades. Depois da morte da garota, o pai continua trabalhando no comércio da família. “Se eu ficar parado é pior, a gente chega aqui, olha para o lugar dela no caixa do comércio, vê que ela não está lá e eu sei que ela não volta mais. É só ter fé em Deus porque é difícil para a gente. Ela saía da escola e vinha para o caixa, quando não estava estudando estava comigo”, afirma ele.

“Eu acompanhei ela de Castelo até Teresina, o médico falou para mim que achava muito difícil ela sobreviver, mas depois ela estava reagindo bem, ela pegava na minha mão, estava lúcida, foi para sala de cirurgia bem, fez a cirurgia facial porque estava com todo o rosto quebrado, eles jogaram uma pedra muito grande na cara dela, a maldade que fizeram com ela não tem tamanho. Eu conhecia dois dos meninos, eles passavam aqui na rua de vez em quando, o sonho dela era ser medica, dizia que ia para Teresina estudar, para mim foi mesmo que ter quebrado minhas pernas. É difícil”, desabafou ele.

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