O traficante Luiz Fernando Costa, o Fernandinho Beira-Mar, se declarou empres?rio, dono de uma construtora em Betim, na regi?o metropolitana de Belo Horizonte (MG). Ele alegou que, em 1996, quando ocorreu o crime pelo qual ? julgado nesta manh? no 4? Tribunal do J?ri do Rio de Janeiro, n?o estava no Estado, por conta do neg?cio.
Beira-Mar acompanha o julgamento sem algemas, ap?s um pedido feito por seu advogado com base na decis?o do Supremo Tribunal Federal. O traficante ? escoltado por dois policiais. Pelo menos cinco viaturas da PF realizaram a escolta do criminoso, que chegou por volta das 7h.
Beira-mar ? acusado do crime de associa??o para o tr?fico de drogas e foi denunciado pelo Minist?rio P?blico em maio de 2000, juntamente com outros oito r?us. O julgamento ? presidido pela ju?za Maria Ang?lica Guerra Guedes.
O traficante disse ainda que fazia um curso pr?-vestibular na ?poca e admitiu ter morado na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Al?m da construtora, ele disse tamb?m ter uma loja de materiais de constru??o.
Beira-Mar negou envolvimento com o crime e alegou que a pol?cia tenta relacionar casos ocorridos em Duque de Caxias ao nome dele. "Tudo que acontece em Caxias eles atribuem a mim para valorizar o processo."
O traficante tamb?m afirmou que ? casado e tem seis filhos reconhecidos, com idades entre 10 e 23 anos. O interrogat?rio do r?u, feito pela ju?za, durou cerca de cinco minutos. Ele n?o foi questionado pela defesa ou pela promotoria.
O julgamento come?ou por volta das 10h, com a escolha dos jurados. Foram selecionadas cinco mulheres e dois homens. Logo ap?s, teve in?cio a leitura da den?ncia. Cerca de 30 policiais federais - alguns descaracterizados - participam do esquema de seguran?a montado para o julgamento. A maioria dos agentes ocupa o corredor de acesso ao local, com fuzis.