Uma adolescente de 17 anos relatou que foi espancada pela sogra e cunhado na noite desse sábado (29), em uma casa no bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste de Boa Vista, enquanto tentava acordar o marido. A jovem, que está grávida de seis meses, contou que a mulher usou uma sandália para agredi-la e em seguida foi amarrada a uma cama pelos punhos. O caso foi registrado apenas nesta terça-feira (1º) no 4º Distrito Policial.
A jovem disse que ambos estavam na casa de uma amiga do casal e antes das 22h ele foi dormir. Ao tentar acordá-lo, a mãe do rapaz disse que era para deixá-lo dormindo, ocasião em que a xingou e em seguida começou a agredi-la.
"Eu cheguei lá tentando acordá-lo e minha sogra disse que era para deixar ele dormir. Eu tentei explicar que só ia pedir para ele me deixar na casa da minha avó. Levantei o braço dele para sair da cama, foi aí que ela começou a me xingar de cachorra, vagabunda, gritando para eu deixá-lo na cama porque ele estaria doente", afirmou.
A mulher teria beliscado o rosto da jovem e batido com uma sandália no braço dela. O cunhado teria entrado na briga e a segurou por trás.
"O pai do meu marido se levantou nessa hora e tentou afastá-los de mim. Eles então me jogaram na cama e o meu cunhado me amarrou. Ele me apertou com tanta força que quase quebrou meu braço", disse.
A adolescente disse que mora há três anos com o marido e até pouco tempo eles moravam na casa da mãe do rapaz. "A família dele nunca gostou de mim, desde quando eu fui morar com ele. Eu tinha 15 anos e a gente namorou por dez meses. Quando eu contei para minha mãe, ela disse que ele teria que me assumir", lembrou.
Ela afirma que tem recebido ameaças de uma cunhada por telefone. "A irmã dele ligou para mim no domingo (30) e disse que "o que é meu está guardado", desabafou.
No dia em que a adolescente foi agredida, os envolvidos foram encaminhados ao 5º Distrito Policial, mas como ela não estava acompanhada de um responsável, não foi possivel registrar a ocorrência. Na tarde desta terça-feira (1º), a jovem foi ao 4º DP acompanhada da avó para prestar queixa e denunciar a agressão.
A adolescente foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) e aguarda sair o resultado do exame de corpo de delito.