A Polícia Militar reprimiu com bombas de gás lacrimogêneo a manifestação desta noite na capital paulista contra a violência policial nos protestos do Rio de Janeiro. O ato começou na avenida Paulista, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp), e seguiu bloqueando a via no sentido Paraíso.
No trajeto, pessoas mascaradas depredaram ao menos oito agências bancárias, fizeram pichações e quebraram semáforos. Em seguida. o grupo de 400 pessoas, segundo a PM, seguiram pela avenida 23 de Maio em direção ao Centro. No caminho, os baderneiros depredaram e tentaram incendiar um carro da Rede Record.
Os atos de vandalismo foram condenados por parte dos manifestantes que defendiam o protesto sem violência. Eles gritavam pedindo uma manifestação sem vandalismo, e os baderneiros respondiam: "Sem moralismo". Além da bandeira vermelha e negra, símbolo do movimento anarquista, os manifestantes levavam uma faixa pedindo a saída do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
O grupo também gritava palavras de ordem lembrando o caso do pedreiro Amarildo de Souza, morador da favela da Rocinha, que desapareceu há mais de dez dias, depois de ser levado por policiais para uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade.
A PM começou a reprimir o protesto na altura da rua Pedroso, quando os manifestantes atacavam a fachada de uma concessionária de veículos. A PM não tinha informações sobre detidos. A partir da ação policial, o grupo se dispersou pelas ruas da região da Liberdade.