Líder em violência no Brasil, Alagoas registrou mais um crime, desta vez envolvendo policias. Os agentes gravaram uma sessão de tortura, com duração de 2 minutos e 5 segundos, onde um jovem é humilhado em um local que aparenta ser uma delegacia de polícia. Ele apanha no rosto e é obrigado a repetir os termos "Zé Ruela" e "viado" por tatuar um palhaço nas costas.
"Ô doutor, por favor, pelo amor de Deus. Vou apagar essa tatuagem", repetia o jovem, chorando, enquanto os policiais riam. "Tenho problema de pressão, doutor", explicava. Ele foi obrigado a pedir "desculpas à polícia do Brasil" e cita um apresentador de TV local. No vídeo, ainda aparece a farda de um PM alagoano.
O material foi compartilhado em um grupo de jornalistas, pelo Whatsapp. O vídeo não tem data. A Corregedoria da Polícia Militar recebeu o material e encaminhou para a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social.
Em um dos diálogos, o policial pede que o jovem repita: "Eu sou um cuzão, um Zé Ruela". Após seguir a ordem, o jovem diz sobre a tatuagem: "Eu vou mandar apagar quando sair da prisão". "Ô doutor, não fui pego com nada, o senhor mesmo viu. Eu sou usuário de maconha", diz o jovem, levando mais tapas na cara: "Desculpa, desculpa". "Sikêra, eu tô arrependido desta tatuagem. Vou pedir perdão na TV Alagoas. Isso é coisa de Zé Ruela", dizia o jovem, ao repetir a frase do policial.
A assessoria do Comando da Polícia Militar de Alagoas informou em nota que "não aceita este tipo de comportamento". E disse ter encaminhado o material para a Secretaria de Defesa Social. "Será analisado por uma corregedoria independente", disse a assessoria do Comando.