A jornalista Juliana de Freitas Alves Krucinski, de 41 anos, morta a tiros pelo marido, o engenheiro Reges Amauri Krucinski, de 43 anos, foi atingida três vezes na cabeça e uma no tórax, conforme informou o delegado Marcus Vinicius, que investiga o caso.
O crime aconteceu na cidade de Porto Seguro, no sul da Bahia, na última sexta-feira (31), noite de réveillon. Segundo a Polícia Civil, o suspeito confessou o crime e foi autuado em flagrante por feminicídio. O delegado informou ainda que os tiros foram ouvidos por moradores do condomínio onde o crime aconteceu, no bairro Xurupita.
Vizinhos ouviram discussão e tiros
De acordo com os relatos dos vizinhos do casal, os quatro tiros foram ouvidos durante uma discussão, minutos antes da virada do ano. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Juliana já foi encontrada morta.
Segundo o delegado, as investigações apontaram que Reges Amauri tem registro de posse de arma concedido pela Polícia Federal e se autodominava atirador esportivo e colecionador de armas.
"Um feminicídio claro, caracterizado. A Polícia Militar inicialmente recebeu informes de arma de fogo e ao diligenciar nas imediações encontrou o autor ainda ensanguentado e com marcas evidentes desse crime", disse o delegado Marcus Vinicius.
A polícia informou ainda que uma pistola 380, um revólver 357, uma espingarda 12 e mais de 160 munições de diferentes calibres foram encontrados na casa do casal.
“Incursões na casa resultaram no encontro da arma que foi utilizada no crime. Esse autor era atirador, com armas registradas. Outras armas foram encontradas e apreendidas”, afirmou o delegado. Marcus Vinicius informou que o engenheiro tentou se matar, dentro da delegacia, mas não conseguiu. Ele foi atendido por equipes do Samu.