Escândalo: Saiba quem é o delegado preso por envolvimento com o PCC e acusações de propina

Além de Baena, os policiais Eduardo Monteiro e Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, também foram implicados.

Fábio Baena Martin foi preso acusado de envolvimento com o PCC | Reprodução/Youtube
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O delegado Fábio Baena Martin foi preso na manhã desta terça-feira (17/12) em uma operação conjunta da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A ação, que investiga o assassinato do delator do PCC Antônio Vinícius Gritzbach, cumpre oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em São Paulo.

Além de Baena, os policiais Eduardo Monteiro e Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, também foram implicados. Os três, que atuavam na 3ª Delegacia de Repressão a Homicídios Múltiplos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já haviam sido afastados das funções devido às acusações feitas por Gritzbach.

O Caso e as Denúncias de Gritzbach

A delegacia onde os acusados atuavam era responsável pela investigação dos assassinatos de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, ambos ligados ao PCC. Segundo as investigações, Gritzbach teria encomendado as mortes. O empresário, que delatou os envolvidos à Corregedoria da Polícia Civil, foi assassinado a tiros no Aeroporto de Guarulhos apenas oito dias após prestar depoimento.

Em sua delação, Gritzbach citou diretamente o nome de Baena, além de outros delegados e policiais de diferentes departamentos, como o Deic, o 24º DP (Ponte Rasa) e o 30º DP (Tatuapé). Ele forneceu pendrives contendo informações sobre empresas supostamente utilizadas para lavar dinheiro de propinas. “Áudios comprovam ilicitudes e arbitrariedades de Fábio Baena e toda sua equipe, como Rogerinho, Eduardo Monteiro e outros, viciando toda a instrução processual”, revelou o empresário no documento.

Histórico e Trajetória de Baena

Delegado de polícia desde 2002, Fábio Baena teve passagens por delegacias estratégicas, como o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e o Grupo de Operações Especiais (GOE), antes de chegar ao DHPP. Após os assassinatos de Cara Preta e Sem Sangue, ele foi transferido para outras funções, incluindo a Delegacia Geral de Polícia e o Cerco da 2ª Seccional.

As denúncias indicam que Baena e outros policiais teriam recebido cerca de R$ 11 milhões em propinas para remover o nome de investigados de inquéritos relacionados a homicídios e tráfico de drogas. As evidências apresentadas incluem documentos e dispositivos fornecidos por Gritzbach antes de sua morte, o que reforça a gravidade das acusações contra os envolvidos.

Leia Mais
Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES