A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal (PF) acredita ter descoberto uma nova rota do tráfico internacional de cocaína, após a prisão das espanholas Maria Adoracion Perera Cedres, 39; e Florentina de Los Angeles Ruiz Deniz, 46; e a apreensão de seis quilos de ?coca?, na noite da última quarta-feira (25), no Aeroporto Internacional Pinto Martins.
De acordo com a PF, existem fortes indícios de que Fortaleza está sendo usada como entreposto do tráfico para mais uma rota do tráfico de drogas. Em 20 dias, quatro estrangeiros da mesma nacionalidade foram presos levando cocaína para o Senegal, utilizando caminhos semelhantes entre os países.
Primeiro saíram da Espanha para o Brasil, mas precisamente para a Capital cearense.
Depois, foram apanhar a cocaína em São Paulo. Voltaram para Fortaleza e daqui partiriam para Dakar. De acordo com o delegado Glayston Araújo, titular da DRE, não é possível afirmar que as espanholas flagradas pelos agentes da PF com a droga escondida dentro das suas malas e seus compatriotas, presos no último dia 9, tenham sido contratadas pelo mesmo grupo. Contudo, o titular da DRE ressalta que o ?modus operandi? usado por elas foi o mesmo dos espanhóis David Ruiz Marques, 37; e o técnico em construção Luís Rosa Diaz, 35, presos no aeroporto, com 14 quilos de cocaína.
Evidências
Segundo o delegado, as coincidências não param por aí. Adoracion e Florentina receberiam cerca de cinco mil euros para levar a droga para o país africano. Já os seus compatriotas seriam ?recompensados? com sete mil euros. O dinheiro só seria pago quando eles entregassem a coca. Segundo Araújo, essa rota chamou a atenção da PF, pois não é o caminho normalmente usado pelas ?mulas? estrangeiras.