O estudante de medicina Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira, 22 anos, acusado de estupro de vulnerável, pode ter abusado de pelo menos sete crianças, entre elas, a prima e sua própria irmã. O caso foi denunciado pela advogada Priscila Karine. Marcos é enteado da irmã de Priscila.
Em entrevista para a Rede Meio Norte, Priscila Karine explicou que ela e sua irmã denunciaram o caso à Polícia Civil no dia 31 de agosto e registraram dois boletins de ocorrência. Segundo ela, em alguns casos, não há nem dimensão de quando os abusos teriam ocorrido, pois, ele fazia desde menor de idade.
“Foi massacrante para todo mundo. A gente nunca pensou que ele fosse capaz de fazer isso. Ele faz isso desde que é bem novinho. Tem casos que não vão ser nem apurados, porque ele fez quando era menor de idade. Na nossa família, a primeira que a gente sabe é a que foi com cinco anos de idade; que foi dos 5 aos 10 anos. E as outras a gente nem sabe a dimensão de quando começou, de quando terminou, pois ele não iria parar”, desabafou.
De acordo com advogada, a última vez que os abusos podem ter ocorrido foi em janeiro, quando ele esteve em Teresina junto à família pela última vez e retornou a Manaus. “A última vez foi quando ele esteve aqui em janeiro. A gente quer justiça. A gente quer que ele pague e seja preso e que ele cumpra a pena dele. Ele mandou mensagens para minha irmã e assumiu tudo”, disse.
As acusações estão sendo investigadas pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em Teresina. O advogado da família, Rodrigo Araújo, também conversou com a reportagem e deu mais detalhes de como os abusos ocorriam.
“Constantemente ele voltava para Teresina para eventos de família, nos eventos festivos, natal e ano novo, quando esses fatos continuaram acontecendo. A família soube em julho deste ano a situação toda e demorou um pouco para processar, até por conta da indignação, da surpresa, diante da situação que ele estava acometendo várias crianças da mesma família”, destacou.
Ainda segundo o advogado, os elementos informativos estão sendo colhidos para que o inquérito do caso seja realmente efetivado. “Que o relatório final seja enviado dentro do prazo, para que o Ministério Público faça a denúncia e vamos acompanhar para que a justiça seja efetivada”, finaliza.
Turma repudia caso
A turma de medicina do acusado, da Universidade Nilton Lins, de Manaus (AM), publicou em suas redes sociais uma nota de repúdio sobre o caso. “A turma XXXVII, da universidade Nilton Lins, vem por meio dessa publicação repudiar qualquer ato criminoso de abuso de menores. Prestamos apoio às vítimas e a família, com a esperança que a justiça seja feita”, diz o comunicado.