Ex-jogador do América é morto em assalto no Rio

Ele e a esposa tinham acabado de sacar dinheiro em uma agência bancária

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O ex-jogador de futebol do América Décio da Silva Bastos, 72 anos, campeão carioca em 1960, foi assassinado ontem em Pilares, perto da saída 4 da Linha Amarela, no Rio de Janeiro, a 200 m de um posto da Polícia Militar (PM). Ele e a mulher, Dirce Guimarães Bastos, 70 anos, - que foi baleada na perna - tinham acabado de sacar dinheiro em uma agência bancária no Hospital Geral de Bonsucesso, quando foram atacados por homens armados. Um deles foi preso minutos depois.

Décio e Dirce estavam em um automóvel Gol próximo à rua José dos Reis, por volta das 13h, quando foram atacados por dois homens em uma motocicleta. Segundo Décio Júnior, filho do ex-jogador, o casal iria almoçar com seu irmão, que tem casamento marcado para daqui a 40 dias. O dinheiro serviria para pagar a cerimônia.

Os bandidos deram quatro tiros no aposentado e fugiram com a bolsa da idosa. Segundos depois, resolveram voltar ao local e dispararam mais uma vez, na perna de Dirce. Ela foi levada para o Hospital Getulio Vargas, na Penha, onde foi medicada e liberada no fim da tarde.

Após ouvir os tiros, assessores do vereador Fernando Moraes (PR) saíram de um comitê do parlamentar, em frente à cena do crime, e perseguiram os bandidos. A motocicleta usada no assalto bateu em outro carro e Cristiano da Silva Neves, 28 anos, foi preso. Ele confessou que era da Vila Cruzeiro, na Penha, e que ganhou R$ 500 para participar da ação. O outro criminoso fugiu. A delegada da 24ª Delegacia de Polícia (Piedade), Madeleine Rangel, afirmou que vai pedir as imagens das câmeras instaladas na Linha Amarela para tentar solucionar o caso.

Décio Júnior disse que seu pai foi zagueiro do América - reserva do time campeão carioca em 1960 - e que chegou até a jogar no futebol mexicano. O filho sabia tanto do amor de Décio pelo futebol que, no Natal passado, presenteou-lhe com uma camisa da época em que conquistou o título pelo clube. A vítima acabou deixando o futebol profissional e virou servidor público estadual.

"Eles (Décio e Dirce) estavam muito felizes e envolvidos com os preparativos do casamento. Passaram o fim de semana fazendo os convites para a festa. Acabaram com a nossa família. A pergunta que fica é: até quando vamos conviver com este tipo de violência? Eram duas pessoas que trabalharam a vida inteira", revoltou-se o filho do ex-jogador.

O corpo de Décio foi removido para o Instituto Médico-Legal (IML), mas o enterro ainda não foi marcado pela família.

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