A investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro apontou que o assassinato do galerista Brent Sikkema foi orquestrado pelo ex-marido Daniel Garcia Carrera, que em maio de 2022 deixou de ser beneficiário da herança após decisão da vítima, e diante disso contratou um amigo para efetuar o crime.
No dia 15 de janeiro, o empresário americano de 75 anos foi encontrado morto em sua casa, no Jardim Botânico, com perfurações causadas por arma branca, como tesouras, estiletes e chaves de fenda. Três dias depois, Alejandro Triana Prevez, contratado por Daniel, foi preso na cidade de Uberaba, em Minas Gerais.
Conforme a Polícia Civil, com a mudança, Brent destinou um US$ 1 milhão ao primeiro ex-marido e o restante da fortuna para o filho, que só terá acesso aos bens aos 30 anos. Por e-mail, Daniel disse para Brent, que queria US$ 6 milhões por ter sido casado com ele - o que não aconteceu.
Nesse meio tempo, Alejandro — que conheceu Daniel em Cuba, após trabalhar em uma das casas do ex-casal — tinha se mudado para o Brasil. Dava aulas de espanhol e fazia entregas em São Paulo. Em depoimento, ele afirmou que retomou o contato com Daniel de maneira casual.
“Daniel soube da vida do Alejandro, que era uma vida de dificuldades e se aproveitando disso aqui no Brasil. Já veio falando que estava separado, que estava em processo de litígio com o Brent, e o Alejandro foi envolvido naquela história. E foi proposto para ele esse homicídio”, disse Gregório Andrade, advogado de Alejandro.
Alejandro receberia US$ 200 mil pelo crime, o equivalente à cerca de R$ 1 milhão, entre outras recompensas. “Esses US$ 200 mil, ele pensava em comprar uma casa na Espanha”, disse a defesa de Alejandro.