Depois da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe) cumprir o mandado de prisão temporária e prender o advogado e ex-vice-presidente da torcida os Fanáticos, do Atlético-PR, Juliano Rodrigues, outro torcedor se apresentou no final da tarde como o autor dos disparos contra um torcedor do Paraná.
Fábio Marques, 33 anos, chegou à delegacia e assumiu a autoria do assassinato de Diego Henrique Raab Gonciero, 16 anos, que foi alvo de um tiro na cabeça, enquanto participava de uma confraternização entre integrantes das torcidas Fúria Independente, do Paraná Clube, e Torcida Jovem, do Sport. Ele alega que foi reconhecido e efetuou disparos como forma de defesa.
Na ocasião, os torcedores realizavam um churrasco antes da partida envolvendo Coritiba e Sport, pelo Campeonato Brasileiro, no início de julho de 2012, quando três carros pararam na esquina da sede da organizada paranista e dispararam aproximadamente 15 tiros em direção às pessoas presentes na rua.
Marques, conhecido como ?Barba Ruiva?, era ex-presidente da torcida na época e chegou a ser presidente da organizada no ano seguinte, quando iniciou a briga entre Os Fanáticos e Ultras, ambas do Atlético-PR, no clássico diante do Coritiba, pela Série A de 2013, na Vila Capanema. O integrante também foi responsável por uma sub-sede da torcida, localizada no bairro Fazendinha, na zona oeste de Curitiba.
Apesar de assumir o crime e dizer que a arma (revólver 38) usada no assassinato era sua, o advogado Juliano Rodrigues, popularmente chamado por ?Suke?, continuará preso no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). De acordo com o advogado Clóvis Galvão, o laudo comprova o contrário e, por isso, vai manter a decisão tomada nesta manhã. A Polícia Civil acredita que Rodrigues cedeu a arma para Marques, que terá sua prisão preventiva pedida ainda neste sábado, efetuar o assassinato.