?Agi num momento de raiva, mas estou arrependido do que fiz?, afirmou, ontem, o ex-presidi?rio Edilson Bezerra Pinto, 33 anos, assassino confesso de sua companheira, a costureira Maria Helena Magalh?es, 33 anos. Desde a noite de domingo (2), ele estava no xadrez do 7? DP (Pirambu), a delegacia plantonista da ?rea onde ocorreu o crime, mas, ontem, foi transferido para o 17? DP (Vila Velha), que investigar? o caso.
O crime passional aconteceu na resid?ncia do casal, na Travessa Emiliano de Queiroz, 142, no bairro Olavo Oliveira (Zona Oeste de Fortaleza), na tarde de domingo. Em depoimento, Edilson Bezerra contou que queria sair um pouco de casa e pediu que a costureira engomasse uma roupa para ele.
?Ela me agrediu com um ferro quente no peito esquerdo, que me deixou cheio de dor e raiva. Eu perdi a cabe?a, peguei meu rev?lver que guardava em cima do guarda-roupa e disparei dois tiros na Helena.?
O casal vivia junto h? cerca de dois anos e n?o tinha filhos. Na mesma resid?ncia moravam dois filhos da costureira, nascidos de uma outra uni?o da mulher, dois adolescentes de 15 e 13 anos. ?Eu vivia bem com ela, mas perdi a cabe?a por causa da raiva?, repetiu Edilson Bezerra, tentando justificar o crime e mostrando a queimadura sofrida no peito esquerdo. Ele disse ser eletricista, mas reconheceu que estava desempregado, h? pelo menos seis meses, e vivia ?s custas do trabalho da costureira.
Edilson Bezerra cometeu um homic?dio no Munic?pio de Itapipoca, em 1997, e chegou a passar pouco mais de dois meses na cadeia da cidade, mas acabou sendo liberado da pris?o. O irm?o da costureira Jo?o Heleno Magalh?es acredita que o homicida agiu premeditadamente, sem dar chance de defesa para a companheira. ?Cheguei a falar com ele depois do crime e ele me disse que estava tudo bem. Como pode estar arrependido??, indagou.