Nesta segunda-feira (30), a Polícia Federal deflagrou a Operação Fair Play, em Belo Horizonte e São Paulo. Um dos alvos é um ex-servidor do Ministério do Esporte. Ele é suspeito de liderar um esquema criminoso que desviava recursos públicos, gerando um prejuízo de mais de R$ 10 milhões. O investigado foi exonerado em 31 de janeiro de 2019.
COMO OCORRIA O CRIME?
O esquema desviou recursos obtidos por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. As investigações começaram após denúncia e incluíram a análise de documentos e informações sobre projetos executados entre 2019 e 2022 por cinco entidades sem fins lucrativos – sendo quatro sediadas em Belo Horizonte e uma em São Paulo.
As apurações da Polícia Federal revelaram indícios de desvio por meio de criação de associações e empresas, com sócios em comum ou que possuem vínculo entre si. Dessa forma, eles faziam a proposta de diversos projetos com base na Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), burlando, assim, o limite ao número de projetos que podem ser apresentados por uma mesma associação.
OPERAÇÃO DA PF
“A Operação Fair Play consiste no cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, bloqueios dos ativos financeiros dos investigados, no limite de quase R$ 180 milhões, bem como o impedimento de as entidades investigadas obterem novas autorizações para execução de projetos esportivos”, diz a nota da PF.
O trabalho contou com a participação de 45 policiais federais e oito auditores da Controladoria Geral da União - CGU. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro cujas penas máximas somadas chegam a 30 anos de prisão.