O ex-tenente do exército, José Ricardo Silva Neto, 23 anos, acusado de assassinar sua namorada Iarla Lima Barbosa, 25 anos, em junho deste ano, deverá ser transferido para Casa de Detenção Provisória de Altos. Atualmente, ele está preso nas dependências do 2º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC).
A determinação é do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antônio Nollêto. A transferência do ex-oficial foi requerida pela Advocacia Geral da União (AGU) e o Ministério Público, através do promotor Régis de Moraes Marinho, da 14ª Promotoria de Justiça também se manifestou favorável ao pedido.
Iarla Lima Barbosa foi assassinada em 19 de junho pelo ex-tenente que era seu namorado na época com tiros de pistola 380. Ele ainda feriu a tiros a irmã da vítima e uma amiga após uma discussão dentro de seu veículo que estava estacionado na avenida Nossa Senhora de Fátima, bairro de Fátima, na zona Leste de Teresina.
O ex-tenente foi indiciado por homicídio consumado triplamente qualificado contra sua namorada e ainda por duplo homicídio tentado qualificado. Ele foi expulso do Exército.
Na última quarta-feira (8), familiares de Iarla estiverm presente em uma manifestação contra o faminicídio realizada por parentes e amigos da estudante de Direito Camilla Abreu que foi assassinada pelo seu namorado o Capitão da PM Alisson Watson.
Na ocasião o primo de Iarla Lima Barbosa, Jordy Mesquita anunciou que no próximo dia 18 de novembro será realizada uma manifestação na Avenida Frei Serafim, sendo iniciada na Igreja São Benedito, contra o feminicídio e pela realização do julgamento de Silva Neto.
A mãe de Iarla Lima, Lucinéia Lima Barbosa, que também participou da manifestação falou sobre o assassinato da sua filha.
“Nós queremos que o julgamento seja o mais rápido possível e que o tenente que matou a minha filha seja retirado da prisão no exército, já que ele perdeu o posto de tenente, e vá para uma prisão comum”, declarou Lucinéia Lima.
A audiência de instrução e processo do feminicídio no caso de Iarla está confirmado para o dia 22 de novembro, segundo a decisão do juiz Antônio Nollêto que indeferiu pedido da defesa que havia solicitado o adiamento da audiência alegando falta de alguns laudos periciais.
O juiz afirmou que os laudos estão no processo e que está faltando apenas o laudo pericial da munição, da arma de fogo e estojos e determinou um prazo de até 48 horas para que eles sejam entregues.