Exame de necropsia expõe detalhes da morte de PM baleado em patrulhamento

O policial militar Patrick Bastos Reis morreu após ser baleado por criminosos no Guarujá (SP), enquanto realizava patrulhamento no dia 27 de julho.

Exame de necropsia expõe detalhes da morte de PM | Reprodução
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O policial militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, que morreu após ser baleado por criminosos no Guarujá (SP), enquanto realizava patrulhamento no dia 27 de julho, foi atingido no ombro esquerdo e teve o projétil da bala alojada perto da região infraclavicular direita, causando a morte com hemorragia interna aguda traumática, é o que aponta o exame de necropsia. 

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O projétil de pistola 9 mm entrou pelo ombro esquerdo e atravessou o tórax do PM, onde havia tatuagens com as frases "armas de fogo o meu corpo não alcançarão" e "facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar". Elas fazem parte da oração de São Jorge, musicada por Jorge Benjor em "Jorge da Capadócia".

Conforme o laudo, a bala também atingiu os pulmões e a aorta ascendente de Patrick e se alojou perto da região infraclavicular direita, onde havia a tatuagem com a inscrição em inglês "only the strongest will survive" (só os mais fortes sobreviverão).

Patrick Bastos Reis era casado e tinha um filho | Foto: ReproduçãoO resultado mostra ainda que o ferimento teve o trajeto interno estimado da esquerda para a direita. O laudo diz que a causa da morte foi hemorragia interna aguda traumática provocada por projétil de arma de fogo. O PM era casado e pai de uma criança de apenas dois anos.

PRESO ACUSADO DE MATAR PATRICK

No dia 30 de julho deste ano, a Polícia Civil de São Paulo prendeu Erickson David da Silva, popularmente conhecido como “Davidizinho”. Ele é o autor do disparo que matou o soldado Patrick. 

Davidizinho está isolado na ala da inclusão em uma unidade de castigo, destinada aos presos que cometeram faltas graves no sistema prisional e também para aqueles que correm risco de serem mortos pela população carcerária.

A arma utilizada no crime foi encontrada por dois policiais civis graças à denúncia anônima. Os agentes apuraram ainda que a pistola tinha sido deixada no local por um homem conhecido como Binho, que foi identificado, preso e liberado.

OPERAÇÃO ESCUDO

Após a morte do PM, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo deflagrou a Operação Escudo na Baixada Santista — ao menos 16 foram mortas.  A Operação reuniu policiais de diversas regiões e obteve êxito tanto em prender os envolvidos na morte do policial militar quanto em prender outros envolvidos no crime organizado. 

Ao total já são 160 presos. A ação segue para sufocar o tráfico de drogas e desarticular o crime organizado, que ainda possui grande atuação na Baixada Santista.

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