A família de uma suposta vítima de estupro foi chamada para participar do "tribunal do crime" em Várzea Paulista (SP) na noite desta terça-feira (11). De acordo com a polícia, a menina, de 12 anos, o irmão e a mãe dela iriam acompanhar o julgamento do suposto estuprador, organizado por uma quadrilha da capital.
O julgamento não chegou a acontecer, pois foi interceptado pela Rota - grupo de elite da Polícia Militar.
Durante a ação policial, nove criminosos, incluindo o suposto estuprador, foram mortos. Os feridos foram encaminhados ao Pronto-Socorro da cidade, que precisou ter a segurança reforçada.
A suposta vítima de estupro, o irmão e a mãe foram encaminhados à DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Jundiaí (SP), onde prestam depoimento na manhã desta quarta-feira (12).
A primeira informação, divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do estado, era de que oito criminosos teriam sido presos, mas o número foi corrigido na manhã desta quarta-feira, com o total de cinco detidos. Os presos também foram encaminhados para a delegacia de Jundiaí e devem ser transferidos ainda nesta manhã para presídios da região.
Entenda o caso
Segundo nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, uma denúncia anônima chegou ao setor de inteligência do batalhão informando sobre uma reunião com criminosos em uma chácara. Dois pelotões da Rota, com 40 policiais em 10 viaturas, foram deslocados para o município.
De acordo com as informações da Rota, houve tiroteio com os suspeitos em uma chácara na Vila Bahia. O bairro onde fica a chácara foi cercado. Um caminhão do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) também foi deslocado.
Durante a ação, nove suspeitos morreram. Os policiais também apreenderam uma metralhadora, duas espingardas calibre 12, sete pistolas, quatro revólveres, uma granada, cinco veículos produtos de roubo, 20 quilos de maconha e uma quantidade ainda não calculada de explosivos.
A chácara
Os peritos da Policia Civil e a corregedoria da PM passaram a madrugada na chácara localizada no bairro Jardim Bahia e nas ruas ao redor que foram bloqueadas. Por volta das 2h, o acesso pelo local foi liberado.
Uma hora mais tarde, a imprensa foi autorizada a entrar no local. Havia marcas de tiros nas paredes, cápsulas deflagradas e sangue pelo chão.