A Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso foi acionada para tentar rastrear a menina Bárbara Telles Fernandes, de 1 ano e 4 meses, que foi sequestrada sábado por volta das 15h de dentro da casa de um tio, em Águas Limpas (GO), na região de Brasília. Ele estava ajudando a criar a criança junto com a avó paterna desde que a mãe dela, que não tem mais relacionamento com o pai, foi presa, em Curitiba, há um ano, por estelionato.
A mãe de Bárbara é acusada pela família do pai de ter levado a menina à força, com a ajuda de um irmão e da cunhada. A PRF foi avisada de que o trio mais a criança estariam viajando, desde sábado, quando aconteceu o sequestro, em um Honda Civic, com placa de Mato Grosso, seguindo em direção ao Estado.
O pai da menina é o jogador de futebol Paulo André Fernandes Nunes, o Paulinho, do Bangu Atlético Clube, que disputa na primeira divisão do campeonato carioca. Ele conta que estava acompanhando a criação da filha de perto, mas, como começaram as rodadas no Rio, ele resolveu deixá-la de vez com a avó, desde novembro, porque não teria tempo de cuidar.
“Eles bateram no portão da casa do meu irmão, onde minha filha estava passeando, e ele perguntou quem estava e quando abriu já invadiram e viram a criança e pegaram ela. Meu irmão tentou impedir mas não conseguiu”, detalha Paulinho. “Quando soube que levaram minha filha desse jeito à força, viajei na hora para Águas Limpas e ninguém dorme aqui em casa desde sábado, de agonia, sem saber onde está a menina, se ela comeu, se ela está bem”, lamenta o pai. “Minha mãe está arrasada”.
A mãe de Bárbara é Flávia Rodrigues Telles, de 23 anos, que foi presa dia 15 de janeiro acusada de participar de um golpe estimado em R$ 70 mil contra o banco HSBC. De acordo com a Polícia Civil do Paraná, Flávia foi detida em uma agência, no bairro Mercês, em Curitiba. Ela estava com R$ 5 mil que tinha acabado de sacar através de um golpe dado em uma empresária moradora em Maringá.
Paulinho não soube precisar o nome do irmão e da cunhada de Flávia que teriam ajudado no sequestro e acredita que eles não estejam envolvidos com outra forma de criminalidade, mas apenas deram suporte à mãe.
O pai também assegura que não está impedindo que esta mãe, após ter sido solta, veja a filha. “Não tem nada disso, posso garantir que quero é ver as coisas certas e não permitir que peguem a menina desse jeito”. No entanto, ele confirma que já estava organizando os documentos para entrar com a guarda definitiva dela.
Ele avalia que é melhor ela ser criada com a avó do que com a mãe. “Quando Flávia foi presa, eu vi que tinha muita gente envolvida no caso e isso me preocupou, por isso eu peguei Bárbara para criar”.