O depoimento do filho da médica morta a facadas pelo companheiro pode ajudar a polícia a desvendar o crime. O adolescente, de 12 anos, testemunhou o homicídio ocorrido na noite de domingo (21) em Contagem, na região metropolitana de BH, e pode dar pistas sobre o assassinato.
Cristiani Moreira, 41 anos, foi golpeada no pescoço dentro de casa, no bairro Jardim Riacho, e morreu ao receber atendimento. Como a polícia ainda não aponta as razões que levaram ao crime, o garoto pode ser uma peça fundamental para as investigações.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Luciano Guimarães, da Delegacia de Homicídios, amigos da vítima afirmaram, em conversas informais, que Cristiani e o estudante de direito Wellington Rodrigues Tavares, 29 anos, não teriam discussões frequentes.
? As informações que tivemos apontam para um relacionamento tranquilo, sem discussões. Por isso ainda não podemos apontar a motivação do crime, até porque o suspeito não foi ouvido.
O policial pretende ouvir o garoto para saber o que de fato aconteceu. Antes de conversar com familiares, que participam do sepultamento em Ubá, na Zona da Mata, serão ouvidos vizinhos.
? A família está envolvida com o enterro da médica, o suspeito ainda está sob efeito de medicamentos. Vamos começar a ouvir vizinhos, que podem ajudar a entender o que ocorreu naquela noite.
Os primeiros depoimentos ocorrem nesta terça-feira (23), às 9hs. Em seguida, serão ouvidos os parentes, incluindo o filho da médica.
De acordo o policial militar Gotardo Oliveira, que atendeu a ocorrência, foram ouvidos gritos no apartamento.
? Estava ocorrendo um atrito, uma briga entre o casal. Eles chegaram às vias de fato e o caso terminou em homicídio.
O filho da médica tentou tirar a faca das mãos do padrasto, mas foi golpeado nos braços. Ele se escondeu em um quarto, onde estava um amigo, e depois pediu a ajuda de vizinhos.
Wellington está internado no Hospital Municipal de Contagem. Após o crime, ele cortou os próprios pulsos e teria tentado se matar com um golpe no peito.