Laudos do Itep (Instituto Técnico Científico de Polícia) do Rio Grande do Norte apontaram que fisiculturista paulistana Fabiana Caggiano Paes, 36, morta em Natal no dia 2 de janeiro, foi asfixiada.
Segundo o delegado Frank Albuquerque, designado para investigar o caso, os resultados dos exames de patologia e necrotomia foram passados por telefone pelo médico legista Cícero Tibério.
Segundo o delegado, falta o resultado do exame toxicológico para fechar o inquérito que poderá indiciar ou não o marido da turista Alexandre Furtado Paes, 35.
"Com o resultado toxicológico dando negativo para o uso de droga ou medicamento que poderia ter levado a mulher a passar mal fecharemos que a turista morreu de asfixia mecânica e, assim, o marido dela passa a ser o principal suspeito", disse Albuquerque.
O resultado do exame está previsto para sair na próxima segunda-feira (21).
O delegado destacou ainda que caso seja provado que Fabiana morreu por causa de asfixia mecânica a polícia vai indiciar Alexandre Paes por homicídio qualificado.
"Ele é um homem musculoso, muito forte e também é lutador de jiu-jitsu, que é uma arte marcial que não deixa de ser uma arma. Saindo os três resultados por asfixia mecânica, a polícia vai entender que a fisiculturista não teve como se defender das agressões e foi morta brutalmente. Classificaremos como homicídio qualificado, mas a Justiça é quem vai analisar os autos e durante o processo o júri vai dizer se ele seria ou não culpado", disse o delegado.
A polícia do Rio Grande do Norte confirmou que a polícia de Osasco já colheu depoimento de três pessoas sobre a morte de Fabiana ? a mãe dela, Itália Caggiano, a irmã, Amanda Carolina Caggiano, 28, e uma mulher que seria a suposta amante de Paes.
A mãe e a irmã de Fabiana relataram a polícia que ela vinha contando que o relacionamento estava conturbado. A mulher negou ter ou ter tido qualquer relacionamento com o marido de Fabiana.
Fabiana Caggiano morreu no hospital da Unimed em Natal cinco dias depois de dar entrada na unidade hospitalar desmaiada. Ela teve várias paradas cardiorrespiratórias e estava no quarto 505 do Arituba Park Hotel, no bairro do Tirol, onde passaria o réveillon com a família e o marido.
Exames iniciais do SVO (Serviço de verificação de Óbito) de Natal entregues à polícia mostraram que a fisiculturista estava com sinais de esganadura no pescoço e o pulmão e a traqueia com sintomas de asfixia mecânica.
O viúvo ainda tentou a liberação do corpo da mulher para ser cremado em um cemitério de João Pessoa, mas os peritos do Itep acionaram a polícia quando observaram os sinais no pescoço da vítima.