O homem identificado como Raphael Assis Duarte Belo, de 41 anos, acusado de ser um dos que participaram do estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos no Morro do Barão, no Rio de Janeiro, se entregou à polícia nesta quarta-feira (01) e descreveu o motivo que o levou a ter tirado uma foto em que aparece com a língua de fora do lado do corpo nu da vítima.
Segundo ele, a ação foi algo instintivo mas negou ter mantido relação sexual com a jovem. Na versão do acusado, ele já encontrou a adolescente desacordada dentro da casa abandonada. Em seu depoimento, Raphael contou que estava com Raí quando um traficante da área conhecido como Jeffinho falou que tinha uma mulher no abatedouro.
“A casa estava de porta aberta, muito suja, fedendo. Ele (o traficante) disse que ela (a menina) estava lá desde o dia do baile e não queria voltar. Entramos, e tinha essa mulher suja, aparentemente drogada. Começaram a fazer fotos e filmagens, e acabei entrando na frente de uma foto. Foi coisa instintiva. Eu errei”, contou Raphael Belo.
A delegada Cristiana Bento, titular da especializada, chegou a anunciar que faria uma acareação entre os três para checar inconsistências nos relatos de cada um. O plano, porém, acabou abortado. “Foi um dia produtivo. Entendemos a dinâmica dos fatos e esclarecemos a maioria das dúvidas, por isso não foi necessária a acareação. A gente sanou muitas das contradições”, garantiu a delegada.