Ao longo dos oito anos em que esteve foragido, o ex-promotor Igor Ferreira da Silva, 42, declarou à polícia ter viajado pela Argentina, Santa Catarina e diversas cidades do interior de São Paulo.
De acordo com o texto, familiares do ex-promotor relataram que ele não ficou apenas morando em locais mais desertos, mas "andava para todo o lado" e até chegou a fazer apresentações em barzinhos tocando violão. Silva ainda visitou algumas vezes a mãe, Salete, em São Paulo.
Condenado pela morte da mulher, Patrícia Aggio Longo, 27, em 1998, o ex-promotor foi preso segunda-feira (19), após ficar foragido por oito anos. Ontem, ele foi transferido para a penitenciária 2 de Tremembé (147 km de São Paulo). Segundo a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), ele ficará no chamado regime de observação, em um período de adaptação.
De acordo com a delegada Adanzil Limonta, do 31º DP (Vila Carrão), Silva estava parado na calçada, em frente a um condomínio, no momento da prisão, e não resistiu. Seu único pedido foi não ser levado ao DP em um carro da polícia --ele seguiu, sem algemas, no carro da delegada.
O ex-promotor disse ainda ter tido problemas de saúde nos últimos anos. O delegado da 5ª seccional Nelson Silveira Guimarães afirmou que Silva disse estar "cansado". Ele não portava nenhum documento nem dinheiro no momento da prisão.