Milhares de fósseis das cidades de Nova Olinda e Santana do Cariri, no Ceará, são comercializados de forma ilegal para países da Europa, Ásia e também para os Estados Unidos.
A região onde são encontrados os fósseis, na Bacia Sedimentar do Araripe é uma das três mais ricas do mundo que tem a presença dessas peças, que são formadas há cerca de 10 milhões de anos e pode custar até 150 mil dólares cada uma.
Pesquisadores da região apontam que o negócio ilegal de fósseis ocorre desde o início do século XVIII e foi se adaptando às legislações e ganhando cada vez mais adeptos.
Uma das razões para o tráfico das pessas é a ausência de fiscalização federal, que é a principal responsável por esses bens, ineficácia de ações estaduais.
A Agência Nacional de Mineração (ANM), principal responsável pela fiscalização da extração mineral, fechou seu escritório na região em 2018. Para a delegada da Polícia Federal no Cariri, Josefa Lourenço, a fiscalização é "bem precária".
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal atuam na região coibindo o tráfico de fósseis, porém, ambos não têm função preventiva ou ostensiva frente a esses crimes e dependem de denúncias para iniciar as investigações.