A Justiça italiana condenou nesta quinta-feira Fabrício Corona, proprietário de uma empresa de fotografia, a três anos e oito meses de prisão por chantagear artistas, políticos e jogadores de futebol em seu país, entre eles o atacante brasileiro Adriano, hoje no Flamengo.
Corona foi condenado por tentativa de extorsão em quatro diferentes casos. Adriano, então jogador do Inter de Milão, foi procurado por ele a fim de que pagasse para evitar a publicação de fotos de uma festa em sua casa, mas não aceitou a proposta.
A princípio, tinha sido pedida uma pena de sete anos e dois meses para o empresário, mas o Tribunal de Milão reduziu a reclusão, absolvendo-o em três casos e considerando-o culpado em quatro.
Além do caso de Adriano, Corona foi considerado culpado por tentar extorquir o motociclista Marco Melandri, supostamente fotografado em companhia de uma atriz pornô, e o jogador Francesco Coco, então atleta do Milan, clicado em uma discoteca.
Entre as pessoas convocadas para depor estão o vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, a apresentadora Simona Ventura e a assessora de imagem da família Berlusconi, Matilde Simonetto.
Os Berlusconi pagaram à agência de Corona ? 20 mil (R$ 52 mil) para retirar do mercado imagens de Barbara Berlusconi, filha do primeiro ministro e presidente do Milan, Silvio Berlusconi, na saída de uma discoteca em suposto estado de embriaguez e abraçada a um homem.
A assessora, porém, afirmou que "não recebeu ameaças por parte de Corona" e considerou a proposta uma "cortesia".
Outros jogadores, como os italianos Francesco Totti, Alberto Gilardino e Christian Vieri, e o francês David Trezeguet, estão envolvidos em supostos casos de chantagem.