Começa amanhã em Genebra, na Suíça, o julgamento da única acusada pelo assassinato do banqueiro francês Edouard Stern, em meio a uma sessão de sexo sadomasoquista, em 2005.
A ex-garçonete e ex-balconista francesa Cécile Brossard, 40 anos, confessou ter disparado quatro tiros contra o bilionário, então com 50 anos, depois que ele fez um comentário sobre o fato de ela exigir US$ 1 milhão dele.
Desde 2001, os dois mantinham um caso qualificado pela imprensa suíça como "passional e tumultuado".
Stern, dono de uma das maiores fortunas da França, era divorciado e tinha três filhos adolescentes, enquanto Brossard era casada com um médico herbalista suíço.
"Explosão"
Semanas antes do crime, o banqueiro havia aberto uma conta com US$ 1 milhão para a amante, mas resolveu bloqueá-la dias depois. No encontro que culminou com a morte de Stern, o assunto voltou à tona entre o casal.
Brossard contou à polícia que, após terem feito sexo, o bilionário teria dito que "US$ 1 bilhão era muito para pagar a uma prostituta".
Segundo ela, a frase ressonou como uma "explosão" em sua cabeça, e por isso, ela pegou uma pistola de Stern e disparou contra ele.
O banqueiro foi encontrado morto no dia seguinte, vestindo um macacão de látex.
Brossard apenas confessou o assassinato duas semanas depois, período no qual a imprensa suíça especulou sobre o envolvimento de mafiosos e de sócios de Stern no crime.
Os advogados de defesa da francesa devem alegar que ela sofre de problemas mentais. O veredicto poderá ser conhecido ainda neste mês.