Após uma semana desde a fuga da Penitenciária Federal de Mossoró, as buscas pelos fugitivos, Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, continuam intensas. Esta é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, estabelecido em 2006.
Até o momento, cerca de 500 agentes das forças de segurança estão envolvidos nas operações de busca, com diversas medidas sendo implementadas pelo governo federal, incluindo o afastamento da direção do presídio. Os criminosos foram avistados pela última vez na sexta-feira (16), tendo sido relatadas incursões em duas residências. A polícia encontrou algumas pistas dentro de um raio de 15 quilômetros da penitenciária.
Nesta quarta-feira, a Força Nacional foi integrada à força-tarefa de busca, após autorização do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O envio das equipes foi solicitado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e teve o apoio da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.
Desde quinta-feira (15), a Polícia Militar do Ceará reforçou a segurança na região de divisa com o Rio Grande do Norte. As operações de busca se concentraram na terça-feira (20) na comunidade de Juremal, em Baraúna. Para intensificar os trabalhos, pelo menos 4 helicópteros estão sendo utilizados, além de drones equipados com tecnologia térmica e 7 cães farejadores.
Durante as operações de busca, na sexta-feira (16), os policiais encontraram uma camiseta de uniforme de presidiário. Mais tarde, na mesma noite, os fugitivos invadiram uma casa localizada aproximadamente a 3 km do presídio. Eles fizeram a família refém, jantaram, solicitaram acesso às redes sociais e roubaram celulares. Segundo as investigações, o último sinal dos celulares roubados pelos fugitivos foi registrado no sábado (17), em uma área rural próxima à divisa com o Ceará. Suspeita-se que os dispositivos tenham ficado sem bateria.