O garoto de programa José Henrique Aguiar Soares, de 22 anos, foi indiciado por matar o arquiteto e urbanista Roberto Paiva, 64, em Goiânia. Após o crime, o jovem ainda usou o corpo da vítima para reconhecimento facial em um aplicativo de banco. O crime ocorreu no dia 25 de setembro deste ano. Se condenado, o rapaz poderá pagar até 33 anos de prisão.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Daniel José de Oliveira, o inquérito já foi enviado ao Poder Judiciário. O garoto de programa foi indiciado pelos crimes de latrocínio, quando o suspeito mata a vítima para roubá-la, e fraude processual por tentar simular o suicídio do arquiteto.
A reportagem questionou ao delegado sobre como o arquiteto foi morto, pois informações preliminares apontam que Roberto também teria sido envenenado, no entanto, Daniel Oliveira informou que os laudos das perícias na casa e no corpo da vítima não ficaram prontos.
"O inquérito foi fechado e aguardamos a conclusão dos laudos das perícias", disse o delegado Daniel Oliveira, responsável pela investigação.
CRIME
O caso aconteceu na madrugada do dia 25 de setembro de 2023, no apartamento do arquiteto, no Setor Oeste. Câmeras de segurança registraram a entrada e saída do garoto de programa do local. Aos policiais, ele confessou ter enforcado a vítima até a morte.
Além do crime, José tentou fazer transferir mais de R$ 60 mil da conta da vítima para a dele, via PIX. Para isso, ergueu a cabeça do arquiteto já morto para tentar fazer o reconhecimento facial do aplicativo no banco. Sem sucesso, ele furtou o cartão da vítima.
O garoto de programa ainda mudou a cena do crime, para que a polícia entendesse que teria ocorrido um suicidio. A vítima foi encontrada morta no banheiro, com um crucifixo na mão e uma corda em volta do pescoço. O jovem foi preso no mesmo dia por volta das 13h45 na calçada do prédio do arquiteto.