A polícia monitorava a quadrilha há quase um mês. As imagens mostram a movimentação dos assaltantes em frente à agência bancária.
Segundo o delegado, o gerente ficava de olho nos clientes e por telefone passava informações para o irmão, que estava do lado de fora da agência. O valor sacado, características físicas e a roupa que a possível vítima estava usando. A quadrilha esperava pelo cliente na porta do banco para fazer o assalto.
A policia tem gravações das conversas telefônicas, mas não filmou o flagrante de ontem porque preferiu agir antes do assalto. Os bandidos estavam armados e poderia haver um tiroteio. No depoimento, segundo a policia, o gerente disse que participou do golpe só para ajudar o irmão.
André Alves Murici era gerente de banco há 17 anos. Desde novembro do ano passado, trabalhava em uma agência do Itaú-Unibanco. Ele pode responder processo por formação de quadrilha e pegar de um a três anos de prisão.
O irmão dele, Adriano Alves Murici e os outros dois comparsas, Wellington de Oliveira Silva e Reginaldo Rodrigues Brito, já tinham passagem pela policia.
O delegado diz que a atuação da quadrilha era atípica. ?Na grande maioria dos casos, os envolvidos nesse tipo de crime utilizam olheiros dentro da agência. Neste caso nos chamou a atenção porque era um funcionário graduado do banco que passava as informações e isso é incomum?, afirma Giancarlo Zuliani.
Ele reconhece que é difícil se proteger de golpes como esse. ?Em primeiro lugar, não fazer saques de grande valor e que, se no dia do saque perceber alguma movimentação suspeita, ligue no 190?, diz o delegado.
O Itaú-Unibanco informou que está cooperando com a polícia para o esclarecimento dos fatos.