O caso do adolescente conhecido por Valdeir Rodrigues que convive com os efeitos do uso excessivo de drogas ganhou repercussão nas redes sociais. O vício sustentado por longos anos culminou em deficiência mental e consequentemente em condições de vida sub-humana. O adolescente é residente do bairro Irapuá II, em Floriano, a aproximadamente 234 km.
De acordo com um vídeo enviado à Rede Meio Norte, ele passa a maior parte do tempo amarrado, nu e deitado no chão. A gerente de Saúde Mental, Leda Trindade, assegura que no município há uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD III), para internação de até 17 dias consecutivos. Segundo ela, no Brasil há apenas cinco CAPS AD III, ?só no Piauí temos dois, um em Floriano?.
Os familiares pedem ajuda e afirmam que a internação dura pouco tempo e logo Valdeir tem que voltar para casa. Por um lado a mãe do adolescente, enquanto se recupera de um AVC, espera uma ajuda do governo do estado para a internação do próprio filho; por outro, um irmão de Valdeir enfrenta problemas cardíacos e nada pode fazer para ajudá-lo; a família, não tendo a quem recorrer, aguarda uma solução do poder público do estado, para tirarem-no da situação em que vive.
A gerente de Saúde Mental reconhece a dificuldade da família e afirma que o adolescente já havia sido internado no hospital Tibério Nunes no início de outubro e que, durante a exibição do programa Agora, da Rede Meio Norte, nesta terça-feira, 15, Valdeir já estava sendo internado no (CAPS AD III), em Floriano. ?Ele já foi atendido pela coordenadora e pela Psiquiatra do Centro?.
?Ele por ser um usuário e não um delinquente não deveria o vídeo ter sido repercutido tanto nas redes sociais até porque ele não é bandido?, disse ela.
Por fim a gerente assegura que, em caso de crises maiores, Valdeir Rodrigues poderá ser encaminhado para o hospital de Referência do Mocambinho, onde será trabalhada a abstinência e, em seguida, ser referenciado e encaminhado para uma unidade terapêutica que atua sob a parceria do estado.