A Polícia Civil de Anápolis indiciou o ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, pelos crimes de estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e assédio. Na cidade, a corporação identificou 53 pacientes que foram alvo do médico.
Nicodemos já foi indiciado por violação sexual mediante fraude contra quatro pacientes em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal.
- Polícia Civil indicia Marcos Vitor pelo estupro de duas irmãs e prima
- O que se sabe sobre o estudante de medicina acusado de agressão e estupro
- Jovem vítima de estupro coletivo relata os abusos durante festa em Goiás
O médico está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e alega inocência. Ele disse que comentários feitos a pacientes em redes sociais eram “brincadeira”. A defesa do ginecologista informou que entrou com um pedido de habeas corpus para que ele responda em liberdade.
As primeiras denúncias contra o médico que levaram à primeira prisão dele em Goiás surgiram em Anápolis. A delegada Isabela Joy, responsável pelas investigações, deteve Nicodemos em 29 de setembro. Depois da divulgação dos casos, mais de 50 mulheres registraram ocorrência.
No processo contra ele pela Polícia Civil de Anápolis, o médico foi indiciado por:
-22 casos de estupro de vulnerável
-22 casos de violação sexual mediante fraude
-9 casos de assédio sexual
Apesar do número de denúncias, o médico foi solto em 4 de outubro por decisão da Justiça, passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No entanto, mais vítimas de Abadiânia registraram ocorrência e ele foi preso novamente quatro dias depois.
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) interditou o registro dele por seis meses, podendo ser prorrogado por igual período. Desta forma, ele fica impedido de exercer a medicina no país.