O ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes começou a prestar depoimento na tarde desta terça-feira no Departamento Estadual de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp), em Belo Horizonte. Bruno se apresentou para o delegado Islande Batista, chefe do departamento, para falar sobre as acusações de que teria traçado um plano para matar a juíza Marixa Fabiane Lopes, do Tribunal do Júri de Contagem; o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Homicídios de Belo Horizonte; e o advogado José Arteiro Cavalcante Lima, que representa Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.
Em 40 minutos de depoimento, Bruno negou as acusações, que ainda colocam o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, como ajudante no caso. A denúncia partiu do presidiário Jaílson Oliveira, que dividiu cela com Bola na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. De acordo com o preso. a noiva de Bruno, Ingrid Calheiros, seria a responsável de entrar em contato com traficantes do Rio de Janeiro, entre eles o ex-chefe do tráfico na Rocinha, Nem, para executar os assassinatos.
Em outubro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de habeas-corpus para o atleta. O relator, ministro Sebastião Reis Júnior, baseou sua decisão na "periculosidade do réu".