Nas primeiras horas desta terça-feira (23), um auditor fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo foi alvo de uma operação da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público. Ele é acusado de favorecer organizações criminosas que atuam na venda de combustíveis adulterados.
INVESTIGAÇÃO
No início do ano, foi descoberto inúmeros meios de adulteração de combustíveis feitos por três organizações criminosas distintas. Eles usavam, inclusive, metanol - substância altamente inflamável e tóxica, cujo uso é vedado pela legislação brasileira.
A ação foi batizada de ‘Operação Barão de Itararé’ e é um desdobramento de outra operação da PF realizada em fevereiro deste ano. Desta vez, foram cumpridos mandados de busca e apreensão pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de Capital Paulista.
“Foi determinado o afastamento do auditor fiscal estadual do exercício de suas funções públicas, bem como o bloqueio de até R$ 75 mil das contas bancárias de outros dois investigados pela corrupção ativa”, diz a nota da Polícia Federal.
OUTRO LADO
Em nota, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo afirmou que "está à disposição das autoridades e colaborará com os desdobramentos da investigação do Ministério Público por meio da sua Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corfisp)".
"Enquanto integrante do CIRA-SP – Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos e diversos grupos especiais de apuração, a Sefaz-SP tem atuado em diversas frentes e operações no combate à sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ilícitos contra a ordem tributária, em conjunto com os órgãos que deflagraram operação na data de hoje, inclusive, e, especificamente, no setor de combustíveis [...] a administração fazendária reitera seu compromisso com os valores éticos e justiça fiscal, repudiando qualquer ato ou conduta ilícita, comprometendo-se com a apuração de desvios eventualmente praticados, nos estritos termos da lei", diz a nota.