“Hoje o que ganho é só para sustentar bandidos”, lamenta comerciante de Teresina

O medo impera. Os sistemas de gravações já não intimidam os assaltantes

A gente não consegue registrar Boletins de Ocorrência, diz Wellington Bredo | Reprodução Rede Meio Norte
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Uma padaria da Rua Goiás, no bairro Ilhotas, foi assaltada neste domingo pela quarta vez. Na ocasião do assalto, os elementos levaram celulares de clientes, dinheiro e uma aliança. Três homens entraram no estabelecimento enquanto outro dava suporte de dentro do carro, segundo testemunhas. Um dos assaltantes estava com revólver e outro com facão.

Investimentos feitos em aparelhagens de filmagens não têm impedido a ação de bandidos. Os proprietários já observaram que, na maioria dos assaltos há menores entre 12 e 16 anos de idade.

O proprietário de uma farmácia na Rua Santa Luzia, também no bairro Ilhotas, é sempre alvo dos bandidos. Todo ano ele contabiliza prejuízos e muito medo. A coragem o faz permanecer no mercado, mas a sensação maior é de insegurança.

Em 2013 em um assalto, três ladrões roubaram o seu estabelecimento e levaram aparelhos celulares, dinheiro e produtos. Os assaltantes estavam em uma moto, dois deles estavam com capacetes para não ser identificados. A ação criminosa durou pouco mais de um minuto, tudo registrado pelo circuito interno de filmagens.

De forma racional, a vítima (o proprietário) não esboçou reação. ?Hoje eu não trabalho mais para mim e sim para sustentar vícios de bandidos e o dinheiro que eu ganho é para pagar esses cidadãos. Eu já não posso abrir mais o meu estabelecimento?.

Como medida cautelar o empresário afirma que somente vai abrir o seu comércio em certos horários. ?Eu não vou abrir mais a minha farmácia nem no sábado à tarde, no domingo e nem à noite durante a semana. Por conta disso já trabalhei no vermelho?, lamenta.

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