Homem acumula pena de 115 anos no MA

O caso ficou conhecido como dos Meninos Emasculados e teve repercussão internacional

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O mecânico Francisco das Chagas enfrentou, nesta terça-feira (12), novamente o júri popular. Foi à quarta vez que Francisco das Chagas sentou no banco dos réus, acusado de matar e emascular 42 menores no Maranhão e no Pará. O caso ficou conhecido como dos Meninos Emasculados e teve repercussão internacional pela crueldade com que os meninos foram mortos.

Chagas foi julgado pela morte do adolescente Rafael Carvalho Carneiro, em 1997, e condenado a 29 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e mais dois anos por ocultação e obstrução de cadáver. Na época do crime, a vítima de 15 anos foi asfixiada e teve o corpo escondido no alto do Turu, bairro onde morava, em São José de Ribamar, no Maranhão. Para o Ministério Público, as provas apresentadas e a confissão do réu eram suficientes para uma condenação.

Nas últimas duas semanas, ele foi condenado a 34 anos de prisão pelo assassinato do adolescente de 13 anos Wilson Frazão Sena. E mais 30 anos pela morte de Emanuel Diego de Jesus Silva, de 15 anos de idade. A primeira sentença de Francisco das Chagas saiu em outubro de 2006, quando foi condenado a 20 anos e 8 meses de reclusão pelo assassinato de Jonatan Silva Vieira.

Além dos quatro julgamentos que Francisco das Chagas foi submetido no Fórum de São José de Ribamar, ainda existem mais dois processos que estão sendo analisados pela Primeira Vara do município e que podem resultar em outros julgamentos.

Mais de 14 mortes de menores foram confessadas por Chagas e teriam ocorrido na cidade de Altamira, no Pará. Os demais assassinatos ? 30 ? aconteceram na Grande São Luís.

Os assassinatos dos menores na Capital maranhense teriam ocorrido na zona rural de São Luís, sendo que a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual conseguiram reunir indícios que comprovam a autoria dos crimes cometidos pelo mecânico Francisco das Chagas.

Lista de vítimas de Chagas

Nome da vítima e local do achado

1 - Ranier Silva Cruz (17-9-91) Sítio Paranã

2 - Antônio Reis Silva (7-11-91) Matas do Batatã (São Luís)

3 - Ivanildo Póvoas (7-11-91) Horto da Maiobinha

4 - Carlos Wagner Sousa (20-11-91) Matas próxima ao Maiobão

5 - Bernardo Rodrigues Costa (3-3-92) Matas de São José de Ribamar

6 - Nerivaldo Ferreira (21-03-96) Mercês ? Maiobão

7 - Jailson Alves Viana (25-12-96) Cidade Olímpica

8 - Raimundo Nonato da Conceição Filho (7-6- 97) Lixão de Paço do lumiar

9 - Eduardo Rocha da Silva (7-6-97) Lixão de Paço do Lumiar

10 - Josemar de Jesus Batista (9-10-97) Matas de Santana

11 - Rafael Carvalho Carneiro (25-10-97) Alto Turu - próx. Itapiracó

12 - Júlio César Pereira Melo (18-6-98) Matas de Ubatuba

13 - Nonato Alves Silva (28-6-98) Matas de Ubatuba

14 - Sebastião Ribeiro Borges (17-8-00) Matas de Santana

15 - Hermóneges Colares (3-9-00) Matas de Santana

16 - Raimundo Luís Cordeiro (3-9-00) Matas de Santana

17 - Welson Frazão Serra (7-10-01) Vila Jair-Vassoural

18 - Edvan Pinto Lobato (15-2-02) Thiago Aroso ? Estrada da Maioba

19 - Daniel Ribeiro (10-2-03) Casa de Chagas (Vila Zé Reinaldo)

20 - Diego Gomes Araújo (06-03) Casa de Chagas (Vila Zé Reinaldo)

21 - Jonnathan Vieira (6-12-03) São Braz Macaco

22 - Emanoel Diego de Jesus Silva (03-02) Vala perto da casa de Chagas

23 - Evanilson Cantanhede Costa (1997 / 2000) Espaço Sideral ?Itapiracó

24 - Laércio Silva Martins (5-5-01) Sumiu Maiobão/deixado Vassoural

25 - Não identificado (6-99) Sítio Cel. Riod

26 - Alexandre Gonçalves (12-10-01) São Braz Macaco

27 - Jontelvane (7-9-1991) Perto de 3 mangueiras- Mercês

28 - Bernardo da Silva Modesto (25-8-98) Nova Jerusalém - Paço do Lumiar

29 - Não identificado (1999) Próx. Nova Jerusalém

30 - Não identificado (1994) Araçagi

Mais 14 casos confessados em Altamira no Pará (três sobreviveram).

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