Homem confessa ter matado jornalista a pedradas: “Era ex-amante“

Para o delegado, não tem dúvidas que o crime foi premeditado.

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Um homem identificado como Mateus Vilian Alecrim Dourado Araújo, de 32 anos, foi preso em flagrante, na tarde desta terça-feira (14/11) acusado de matar a pedradas a jornalista Daniela Bispo dos Santos, de 39 anos, dentro do Edifício Catabas, em Salvador, na noite da segunda-feira (13/11).

O suspeito foi detido na Av. Santos Dumont, em Lauro de Freitas após uma entrevista de emprego.

Mateus foi conduzido ao Departamento de Homicídios (DHPP), na Pituba, onde confessou o crime e disse tê-la matado por estar sendo pressionado a largar a noiva para assumir um relacionamento amoroso que mantinha com a vítima desde 2013. Mateus e Daniela trabalharam juntos em uma empresa de call center, onde se conheceram.

Mateus relatou que chegou ao prédio por volta das 19h, e informou ao porteiro que pegaria umas chaves nas mãos de uma funcionária. Ele subiu e encontrou a moça e, juntos, seguiram até o 6º andar, a convite dela. O encontro foi marcado pelo WhatsApp.

“Ele contou que, no caminho, pegou um pedaço de paralelepípedo e colocou na mochila. Quando chegou no prédio, ela o chamou para ir ao sexto andar, onde poderiam conversar com calma. Lá, eles se desentenderam, ele deu um murro nela e depois a matou a pedradas”, relatou a delegada Milena Calmon, o que ouviu do suspeito.

Ação

Para colegas, Daniela teria dito que ia sair para comprar remédios e não mais voltou, o que deu início às buscas na manhã desta terça.

Após o crime, Mateus trocou a camiseta branca que estava usando por uma camisa social cinza e saiu do prédio e, em seguida, ao entrar no ônibus, trocou outra vez de roupa.

Ele contou à delegada que, antes de retornar para casa, no bairro da Saúde, jogou as roupas usadas no crime em uma lixeira da avenida Centenário. Ele não contou onde jogou a pedra usada na ação.

As roupas e a pedra usadas no crime não foram localizadas pela polícia. “Com certeza, ele premeditou tudo. Tanto que levou algumas peças de roupas dentro da mochila”, afirmou a delegada.

Daniela trabalhava no serviço Disque 100.  O Ministério dos Direitos Humanos, em nota, lamentou a morte dela e informou que o coordenador geral do Disque 100 virá a Salvador para acompanhar as investigações e dar suporte à família da atendente.

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