Tiago domingos Almeida foi condenado a 14 anos de reclusão em regime fechado, por matar atropelada, de forma proposital, Maria dos Remédios Silva, que morava no povoado Bom Fim, zona rural de Piripiri, e ferido Michele de Lima da Silva, que acompanhava ela na garupa, com golpes de facão, na BR 222, em janeiro de 2016. Tiago, no dia do crime, disse que estaria cumprindo uma missão e que a vitima era o demônio, não demonstrando nenhum sinal de arrependimento.
Ao falar no julgamento, nesta sexta-feira (29), Tiago disse que não lembrava do momento dos crimes e que hoje faz uso de medicamentos em casa, onde cumpre prisão domiciliar desde 2016, e que não tem comportamento considerado normal.
Tiago foi condenado, em júri popular, a 6 anos pelo homicídio, considerado simples, e 8 anos pela tentativa de homicídio, tido como qualificado (motivo fútil). A condenação é para regime fechado, porém revelou ao Piripiri Repórter que vai recorrer e ainda tentar anular o júri, questionando o entendimento e aplicação da qualificação.
Michele, sobrevivente, concedeu entrevista afirmando que a família não está satisfeita, pois Tiago, mesmo condenado, permanecerá em casa, pelo fato de recorrer em segunda instância. Ela também questiona a versão dada por ele. "A gente se sentiu decepcionado, foi um julgamento que foi 14 anos em regime fechado, porém, entrou com recurso para ele cumprir em domicílio, a gente não sabe quanto vai demorar para dar a resposta mas enquanto isso ele vai estar esperando em casa se ele vai para o presídio ou não", disse.