O Tribunal do Júri de Planaltina, no Distrito Federal, condenou o cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto a 37 anos de prisão, em regime fechado, pela morte da funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado de Melo. O crime foi em 23 de agosto de 2019, a vítima tinha 26 anos.
O julgamento começou pouco antes das 11h desta segunda-feira (21) e terminou perto das 20h30. O caso está em sigilo.
Ao G1, o advogado de Marinésio, Marcos Venício, disse que vai recorrer da sentença.
O conselho de sentença foi formado por cinco homens e duas mulheres, escolhidos por meio de sorteio. Marinésio foi condenado pelo assassinato, com qualificadoras de feminicídio, motivo torpe, meio cruel, dissimulação e crime praticado para assegurar impunidade de outro crime.
A pena ficou assim dividida:
- 29 anos de prisão por homicídio
- 3 anos 10 meses e 15 dias de prisão por estupro tentado
- 1 anos e 8 meses por ocultação de cadáver
- 2 anos de 6 meses por furto
"Esperamos que crimes dessa natureza não voltem a se repetir, em Planaltina ou em qualquer outro lugar", afirmou o promotor de Justiça Nathan da Silva Neto, que atuou no caso.
A morte de Letícia
A jovem foi abordada por Marinésio em uma parada de ônibus. Ela ia para o trabalho, na Esplanada dos Ministérios, quando decidiu entrar no carro do homem, que se identificou como motorista de transporte pirata.
Após a prisão dele, a polícia passou a investigar outros crimes que teriam sido cometidos no DF também dentro da caminhonete prata que ele utilizava. Entre eles:
- Feminicídio de Genir Pereira de Sousa, de 47 anos: ela desapareceu em 2 de junho e o corpo foi encontrado 10 dias depois. Caso ainda não julgado.
- Abuso sexual contra duas irmãs, de 18 e 21 anos: elas usaram uma panela de ferro para conseguir fugir do carro. Em outubro de 2020, a Justiça do Distrito Federal condenou o cozinheiro a um ano de reclusão pelo crime de importunação sexual.