Adriano Murilo Gomes Passine, de 37 anos, foi preso na tarde desta segunda-feira por policiais do 41º BPM (Irajá), acusado de, num período de seis horas, ter praticado pelo menos sete estupros na cidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e nos bairros de Guadalupe e Anchieta, na Zona Norte do Rio. Segundo a delegada Sandra Ornellas, da 57ª DP (Nilópolis), apenas um dos estupros se consumou, com a vítima sendo obrigada a praticar sexo oral. Todas as mulheres atacadas estiveram na delegacia e reconheceram o agressor.
- É importante frisar que, com a mudança na lei desde 2009, tanto conjunção carnal quanto qualquer ato libidinoso são caracterizados como estupro. E nós acreditamos que possam ter havido ainda mais vítimas - explicou a delegada.
Segundo a delegada Sandra, Adriano já cumpriu pena por ter praticado exatamente o mesmo número de estupros em apenas um dia: sete, entre tentativas e abusos consumados. Em 2011, ele obteve regime semi-aberto. Adriano teria conseguido avançar para o regime aberto há apenas três dias, na última sexta-feira, mas esta informação ainda não foi confirmada.
A ação começou antes das 6h, quando o acusado abordou uma mulher em Nilópolis e, portando um facão, a obrigou a entrar em seu carro, um Kadett possivelmente roubado. O método se repetiu com todas as outras vítimas, que tinham entre 13 e 23 anos. Ao tentar abusar de uma jovem de 17 anos, Adriano agrediu sua irmã, de 10, que perdeu um dente. A irmã mais velha segurou a faca com as mãos e sofreu cortes.
Além dos estupros, Adriano está sendo autuado por roubo - ele levou celular e R$ 40 reais de uma das mulheres - e lesão corporal. Ele foi preso pouco depois de 12h, após sofrer um acidente de carro próximo à Rua Alcubaça, em Anchieta, com uma vítima no banco do carona. Ela sofreu apenas ferimentos leves, e Adriano tentou fugir dos agentes se escondendo em uma casa.
De acordo com a polícia, Adriano estava alterado ao ser detido pelos policiais e aparentava ter utilizado drogas. Ele foi encaminhado para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque, onde permaneceu por algumas horas no soro. Apenas depois de liberado pelos médicos ele foi encaminhado para a 57ª DP, onde encontra-se sob custódia.