Um homem de 59 anos foi preso na Colômbia no sábado acusado de abusar sexualmente de uma de suas filhas desde que ela tinha nove anos de idade.
Os estupros teriam engravidado a menina 14 vezes, sendo que 11 das crianças nasceram e sobreviveram.
O caso foi revelado após a filha, hoje com cerca de 30 anos, ter fugido do vilarejo de La Cabaña onde vivia com o pai e irmãos, alegando ter sido mantida prisioneira pelo pai.
A história é mais uma que lembra o caso do austríaco Josef Fritzl, de 73 anos, condenado há duas semanas à prisão perpétua pela acusação de manter uma filha prisioneira e violentá-la por 24 anos, gerando sete filhos com ela.
Na sexta-feira, a polícia italiana também anunciou a prisão de um homem de 64 anos, acusado de violentar a própria filha por 25 anos e ainda encorajar o filho a fazer o mesmo.
Arcedio Alvarez, do vilarejo de La Cabaña, na província central de Tolima, negou as acusações de estupro e incesto, alegando que sua filha é adotada e que por isso não havia cometido nenhum crime.
"Nós concordamos em manter um relacionamento romântico, porque nós realmente nos amávamos. Mas ela não é minha própria filha", afirmou ele à Justiça.
O caso provocou uma comoção na Colômbia. Alvarez teve que ser levado para depor à Justiça não somente pela polícia, mas por um destacamento do Exército, para evitar seu linchamento.
Alvarez, que já é chamado pela imprensa local de "Monstro de La Cabaña", teria abusado da filha desde a morte de sua mulher, mãe da menina.
Os filhos gerados pelas relações de Alvarez com a filha estão sendo examinados para verificar as alegações de que as meninas também haviam sido violentadas desde pequenas, não somente pelo pai-avô, mas também pelos irmãos mais velhos.
O caso já vem provocando manifestações na Colômbia pedindo uma mudança na lei para garantir que os condenados por estuprar crianças sejam mantidos na prisão pelo resto da vida.