Por cerca de quatro anos, Valdiro Martins dos Santos, de 35 anos, se passou por policial federal e civil para enganar pessoas exigindo dinheiro e, em troca, oferecia serviços de investigações clandestinas e grampos telefônicos ilegais. Ao ter acesso à quantia solicitada, ele, que é morador de Belo Horizonte, desaparecia e deixava as vítimas no prejuízo. Na manhã desta quinta-feira (20), a Polícia Civil deu detalhes do caso.
Segundo a delegada Cristiana Angelini, as investigações começaram há cerca de dois meses, quando cinco vítimas procuraram a polícia e fizeram as denúncias. “Se passando por policial civil ou federal, Valdiro prometia, mediante uma vantagem ilícita, acesso e facilitação aos órgãos de segurança pública. Em um dos casos, uma vítima saiu de Rondônia e veio para capital mineira afim de conseguir facilidade no seu visto e passaporte para outro país. Por esse serviço, ele cobrou R$ 10 mil e fugiu com o dinheiro e ainda ficou com todos os documentos originais dessa pessoa”, explicou a delegada.
Em outra situação, com algemas e um distintivo falso da Polícia Civil, o homem, preso no dia 12 de julho no bairro Jardim dos Comerciários, na região de Venda Nova, manteve relações sexuais forçadas com uma mulher se valendo da “condição” de ser policial.
“Ainda não sabemos quanto ele faturou nesse tempo todo de farsa porque as investigações ainda estão em andamento. Além disso, acreditamos que outras vítimas podem aparecer. O Valdiro tem uma empresa de rastreamento veicular que está com toda a documentação em dia, mas nunca foi policial”, afirmou Cristiana.
De acordo com a policial, ele confessou a mentira, pediu perdão e garantiu que só queria ajudar as pessoas que o procuravam.
Nessa quarta-feira (19), a Justiça fixo uma fiança no valor de R$ 9.370 para o homem, que possui registros policiais por ameaças, extorsão, estelionato e estupro, sair da prisão. Ele pagou a quantia e foi liberado.