A pessoa que as autoridades acreditam ter morrido na explosão de uma Tesla Cybertruck do lado de fora do hotel de Donald Trump em Las Vegas era um soldado da ativa do Exército dos EUA, disseram três autoridades norte-americanas à agência de notícias Associated Press na quinta-feira (2).
O Cybertruck é um modelo da Tesla, empresa fundada por Elon Musk, que também assumirá um cargo no futuro governo de Trump. Segundo a polícia de Las Vegas, no momento da explosão a picape de visual futurista estava carregada com morteiros de fogos de artifício e recipientes de combustível em sua caçamba. Sete pessoas ficaram feridas na explosão.
Duas autoridades policiais identificaram o homem dentro da picape como Matthew Livelsberger. Os agentes falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a discutir uma investigação em andamento.
A polícia de Las Vegas afirma desde quarta-feira que já havia identificado o indivíduo que estava dentro do carro, mas não quis revelar o nome da pessoa.
Membro da ativa do Exército
Três autoridades americanas confirmaram que Livelsberger era um membro da ativa do Exército norte-americano, que passou um período na base anteriormente conhecida como Fort Bragg, uma enorme base militar na Carolina do Norte que abriga o comando das forças especiais do Exército. As autoridades também falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizadas a divulgar detalhes de seu serviço.
Ainda não se sabe a razão da explosão, mas Musk afirmou que a explosão do veículo foi provocada por fogos de artifício ou uma bomba. Investigações sobre o caso estão sendo conduzidas tanto pela polícia local quanto pelo FBI.
Picape avança contra multidão
A explosão da Cybertruck ocorreu horas após um motorista, Shamsud-Din Bahar Jabbar, de 42 anos, avançar com uma picape contra uma multidão no famoso French Quarter, em Nova Orleans, na madrugada de Ano Novo. No ataque, investigado pelo FBI como um "ato de terrorismo", Jabbar matou pelo menos 15 pessoas antes de ser morto a tiros pela polícia.
Autoridades norte-americanas estão buscando uma possível conexão entre os incidentes em Las Vegas e Nova Orleans --as cidades são separadas por mais de 2.700 km. O chefe de antiterrorismo do FBI afirmou em coletiva na tarde desta quinta afirmou que, até o momento, não foi identificada nenhuma ligação entre os incidentes.