O homem preso na quarta-feira (28) como suspeito de ter estuprado uma adolescente de 15 anos e matado duas outras mulheres (de 15 e 42 anos) culpou a bebida pelos crimes em seu depoimento à Polícia Civil de Piracicaba, a 162 km de São Paulo. A informação é do delegado Antonio Luiz Tuckumantel.
Segundo ele, o servente de pedreiro confessou os crimes ao ser detido em Santos, no litoral paulista. O estupro e o duplo homicídio foram cometidos na cidade do interior do Estado na madrugada de sábado (24).
?Ele [o homem preso] alega que ele não pode ingerir álcool. Ele diz que tomou cerveja ou cachaça e isso o levou a cometer os crimes?, afirmou Tuckumantel ao G1 nesta quinta-feira (29). ?O homem alega que, depois de ter bebido, ficou excitado ao ver as mulheres e as abordou na rua. Estuprou a jovem e matou as outras duas com as mãos.?
O suspeito já havia sido condenado por dois anos pelo crime de furto, segundo o policial. Após cumprir a pena, o homem também chegou a ser investigado por estupro em Piracicaba, mas a investigação o inocentou.
Os policiais chegaram até o homem por meio das investigações e do retrato falado, divulgado na segunda-feira (26). De acordo com o Tuckumantel, a sobrevivente já fez o reconhecimento do suspeito e o apontou como o homem que a estuprou e matou as duas mulheres.
Os corpos da adolescente Aline Paschoal e de Therezinha Gomes Barbosa foram encontrados em um matagal no bairro Serra Verde, com sinais de estrangulamento.
A adolescente que conseguiu fugir contou à polícia que o assassino começou a segui-las depois que elas saíram de uma festa de forró, e obrigou as três a entrarem na mata. Após matar Aline e Therezinha, segundo a adolescente, o homem a estuprou. Ela disse à polícia que conseguiu escapar num momento de distração do agressor.
O suspeito disse à polícia que só não matou a terceira vítima porque ela tem um filho pequeno. Depois do crime, ele fugiu para o litoral.
O preso vai responder por duplo homicídio qualificado, estupro e roubo, já que levou o celular de uma das vitimas. Como a prisão temporária vence em cinco dias, a polícia já pediu sua prisão preventiva.