Rodrigo Ferreira Bezerra de Souza, de 32 anos, é suspeito de furtar celulares de estudantes de medicina no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) e em universidades de Goiânia. Segundo a Polícia Civil, ele pedia o aparelho das vítimas emprestado para fazer uma ligação e, em seguida, sumia. A corporação informou que Rodrigo confessou os crimes.
“Ele tem boa aparência, tinha uma lábia boa, se aproximava das vítimas educadamente, parecia de classe média alta, e isso o ajudava a enganar as vítimas”, explicou o delegado responsável pelo caso, Washington da Conceição.
O Hospital das Clínicas, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), informou, em nota, que o “suspeito estava sendo monitorado pela equipe do Setor de Segurança desde o início de maio de 2018 após denúncias de algumas vítimas de furtos dentro da unidade”. Segundo a instituição, no último dia 25, o suspeito foi abordado por seguranças, reconhecido por três vítimas e encaminhou o homem para a delegacia de polícia.
Investigação
Quatro mulheres e quatro homens registraram os furtos no 9º Distrito Policial, desde abril. “Ele se passava como aluno de medicina, pedia o celular para fazer a ligação, dizia que estava ruim o sinal, saía para outra área e furtava os aparelhos”, detalhou o advogado.
Câmeras de segurança registraram, segundo o delegado, a abordagem de Rodrigo. No entanto, as imagens já foram encaminhadas para a perícia. O investigador divulgou apenas vídeos em que mostram a facilidade com que ele tinha para entrar no HC.
O suspeito alegou que vendia os celulares em camelódromos de Goiânia. “Ele confessou para mim e para a escrivã que cometia os crimes como hobby, para ajudar no gasto dele. Ele vendia por R$ 150 o celular. O preço médio que foi informado pelas vítimas era que cada aparelho custava cerca de R$ 2 mil”, relatou Washington.
Rodrigo já responde, desde 2014, por furtos e roubos. A polícia acredita que ele tenha feito outras vítimas, mas que não registraram boletim de ocorrência.
O delegado disse que o suspeito tem bens de alto padrão e que o dinheiro não veio dos furtos. “Ele tem um bom carro, mora em um prédio caro do Setor Bueno, que é um bairro nobre da cidade. Então ele não precisava disso''.
Rodrigo será indiciado por furto qualificado. Caso seja condenado, pode pegar de 2 a 8 anos de prisão.