Três homens armados e encapuzados sequestraram na madrugada desta segunda-feira (14), perto das 3h, as secretárias de Fazenda e de Administração da Prefeitura de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, para roubar o dinheiro arrecadado neste fim de semana na 48ª Festa da Uva e do Vinho da cidade. Maria Amélia Camargo e Rita de Cássia Gonçalvez são irmãs do prefeito José Antônio Camargo. A prefeitura ainda não tem o valor preciso de quanto foi levado, mas a quantia pode ultrapassar R$ 500 mil.
De acordo com informações da polícia, as irmãs seguiam em carros distintos pela PR-417, conhecida como Rodovia da Uva, quando foram fechadas pelo veículo dos assaltantes. Maria Amélia Camargo, que é a secretária da Fazenda, foi levada por dois homens para a prefeitura e Rita de Cássia Gonçalvez foi feita refém do terceiro homem.
Na prefeitura, os assaltantes renderam o único vigia que estava no local e obrigaram Maria Amélia Camargo a abrir o cofre, que estava escondido na sala dela. Em seguida, ainda segundo informações da polícia, Maria Amélia Camargo foi levada ao encontro da irmã. Os assaltantes fugiram em um carro e deixaram as vítimas com o outro. O veículo dos ladrões foi abandonado no ponto da abordagem, a três quilômetros do local da festa.
Domingo foi o último dia da Festa da Uva e tinha atrações especiais de encerramento. A prefeitura estima que 40 mil pessoas tenham visitado a feira. Os ingressos eram vendidos por R$ 5 ou R$ 10. A quantia arredada no domingo mais o dinheiro de sexta-feira (11) e sábado (12) podem superar os R$ 500 mil.
O prefeito, José Antônio Camargo, disse que o dinheiro estava na prefeitura porque não há expediente bancário. Ele explicou que durante os dez dias de festa, em diferentes horários, o dinheiro da bilheteria era levado para a prefeitura e de lá encaminhado para o banco. ?Nós nunca tivemos problema?, comentou Camargo.
A prefeitura é monitorada por câmeras e, de acordo com prefeito, as imagens serão cedidas para a polícia para ajudar nas investigações. O delegado responsável pelo caso, Erineu Portes, relatou que existem indícios de que as pessoas envolvidas no crime tinham conhecimento dos trâmites adotados pela prefeitura durante da Festa e também das vítimas.
O Boletim de Ocorrência foi feito pelo chefe de monitoramento da prefeitura e até às 11h, as vítimas não tinham registrado queixa na delegacia.